Livro: Viajantes da Luz na Escuridão
VIAJANTES DA LUZ
NA ESCURIDÃO
Não escrevo para mortos em vida. Escrevo para os poucos e raros que ainda tem mente, coração e alma para suportar o insuportável e questionar o que parece inquestionável.
---E. E-Kan
𒂍𒌓𒀀𒉡𒆬𒉡𒌦
Lú-ud A-na Kur-nu-gal
Viajante da Luz na Escuridão
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A Vida e além
A Vida, que é Luz, nasce da Escuridão e corre pelo Abismo em direção ao Vazio. Haverá alguma coisa para além do Vazio? Quem de fato poderá dizer? Não há nada mais? Quem de fato saberá?
A incomensurável força da Vida
Raríssimos são os que foram até o fundo do Abismo dos abismos da mente, do coração e da alma e retornaram. Somente esses compreendem, na integralidade, a incomensurável força da Vida e suas infinitas possibilidades. Essa força que mantém todo o Cosmos e faz com que a mesma energia que atravessa os astros, tudo e todos em todos os Universos Observáveis Tangíveis e Intangíveis, em todas as realidades e dimensões possíveis é, de fato, a mesma força que faz o nosso coração bater. É por isso que diante do desespero e da desolação de existir, apesar de tudo o que possa nos acontecer numa vida, nós os autênticos Viajantes da Luz na Escuridão, lutamos tanto para viver de verdade e existir de fato, enquanto corremos, como a Vida pelo Abismo, rumo ao Desconhecido dos desconhecidos, desesperadamente, bravamente, loucamente, sentindo tão intensamente tal força a ponto de nos desintegrar. Talvez, essa Incomensurável força da Vida nos leve para além de tudo o que achamos que há. "Fata viam inveniunt”, ou seja, “O que tem de ser tem muita força".
O Viajante da Luz na Escuridão
Todo autêntico Viajante da Luz na Escuridão sabe que A Escuridão cerca a Luz da Vida e cedo ou tarde a devorará por completo, como os Buracos Negros que devoram tudo o que existe no espaço. Logo, todo autêntico Viajante da Luz na Escuridão sabe que é capaz de tudo. É capaz da mais profunda e luminosa bondade e também é capaz da mais brutal, trevosa e hedionda forma de maldade. Por isso sempre está vigilante.
Ouça
Ouça o som do universo, ouça o som da Incomensurabilidade da Vida, da Inefabilidade da Existência e reflita sobre a sua infinitesimal pequenez.
Não faz ideia
Você é uma bomba atômica ambulante e não faz ideia da loucura que vive dentro de ti.
Riqueza e pobreza
Qual será o tamanho da nossa verdadeira pobreza e da nossa verdadeira riqueza?
Quantas pessoas?
Quantas pessoas existem dentro de você? Eu sou um milhão de pessoas diferentes durante todas as inconstantes 23 horas, 56 minutos e 4,1 segundos de tempo até que o Planeta dê um giro sobre si mesmo na Escuridão do Abismo Sideral, que nós chamamos de dia.
A necessidade imperiosa
Nós dizemos a nós mesmos que a vida é uma constante reviravolta na esquina da existência, que é construção, destruição, reconstrução e ressignificação, que a vida se renova, se supera, que há infinitas possibilidades, que sempre conseguimos superar o peso mais pesado, o abismo mais profundo, a escuridão mais fria e vazia, que sempre criamos um novo sentido e que a luz prevalece no final. Pode até ser que, em certa medida e de alguma forma, alguns de nós achemos que podemos realizar isso tudo, superar tudo e encontrar a luz no fim do túnel da existência. Contudo, bem lá no fundo, todos sabemos que isso pode ser só mais uma mentira que contamos para nós mesmos. Pode não haver luz no fim do túnel, não haver túnel, não haver nada. Mas enquanto há vida, há a imperiosa e indispensável necessidade de sonhar, idealizar, romantizar, de se agarrar às ilusões e mentiras, sinceras ou não, na tragicômica esperança de tentar evitar que o baile do viver acabe antes do tempo. Por isso, sempre falamos a nós mesmos: “só mais alguns anos, por favor”, como o popular no bar: “só mais 10 minutos”.
Spiritus Philosophiae
A Filosofia, (embora eu a veja apenas como só mais uma ferramenta à disposição do progresso humano, se é que isso é possível), também pode ser vista como 'a origem de todas as Ciências' e uma jornada sem fim. Um caminho incomensurável e indescritível de busca pela tragicomédia humana do conhecimento, da verdade (ainda que relativa), do Esclarecimento e nos leva a lugares inesperados, principalmente, ao Abismo dos abismos de nossa mente, ao abismo dos abismos das mentes dos outros e, consequentemente, a ver a Realidade nua e crua, a verdade sem enfeites do mundo cão em que fomos jogados, vivemos e existimos desde que o mundo é mundo. É a Filosofia que transforma o animal primitivo - - -, autodestrutivo, violento, a besta, o demônio, o psicopata, o sociopata, o politicopata, o corruptopata, o religiopata, o fanático, o crentelho ideológico, o assassino, enfim, o monstro sedento de sangue e de verdades que habita na masmorra das profundezas de cada um de nós - - -, quiçá, em animal pensante, ou pelo menos o leva ao auto-extermínio, livrando a humanidade de mais um peso, de uma bomba ambulante. Mas, é esse desejo louco pelo tragicômico e ínfimo conhecimento, por 'saber mais', por 'ir além de nós mesmos' e de nossa brutal miséria humana que torna 'menos pior' o animal pensante que sou, aprimora a minha precária e limitada visão do mundo e do Cosmos, a minha práxis egoísta no mundo com os outros e que me leva a me compreender como um estranho Espírito Filosofante em potencial, que faz loucuras para absurdamente transcender (ainda que num grande faz de contas) a miserável condição do animal que fala e pensa. Ao chegar a essa 'possibilidade de Transcendência de mim mesmo', ainda que mais uma quimera, não apenas encaro de volta O Abismo, como fizera Nietzsche e outros antes dele, mas pulo dentro do Abismo e caminho por ele observando tudo, até os mais recônditos detalhes, até mesmo a beleza que há no Abismo, tranquilamente, ainda que corra o risco de desintegrar-me na medida em que caminho, como um autêntico Viajante da Luz na Escuridão que lá no fundo sabe que tudo acaba, até mesmo a Escuridão, o Abismo, o Vazio e o Além do Vazio.
O século do começo do fim
Este Século é o século do apego doentio às coisas materiais, da idiotização em massa e da robotização da humanidade, cuja maioria, infelizmente, imersa nesse processo que leva à desumanização e a ‘coisificação’, já se encontra num irreversível e avançado estágio de putrefação mental, moral e espiritual, incapaz de 'olhar para cima' e ver a montanha de merda que está a engolir. Essa ‘maioria’ bestializada já se encontra incapaz de ver que caminha a passos largos para o suicídio global/extermínio em massa ou, na hipótese mais otimista possível, de volta à Idade da Pedra. Contudo, esse é o Século da ilusão do Ter. Para muitas pessoas, basta Ter. Ter Dinheiro, Poder, Status, Controle, Coisas, mais Dinheiro, mais Poder, mais Controle, mais Coisas, mais status. O ser humano, definitivamente, se auto-escravizou em todos os sentidos existenciais, se tornou uma mercadoria, monetizou o seu tempo de vida e vive de maneira miserável correndo atrás de uma ínfima quantidade de dinheiro, cuja maior parte está nas mãos de pouquíssimos. Louco para Ter, possuir, consumir, acumular o máximo de coisas, das quais, a maioria sequer precisa, numa insana sede de mais e mais e se exibir, muito pior que o inocente burro que vai atrás da cenoura, o dito ser humano coisificado acha que está lucrando muito, porque acha que está 'ganhando ou comprando tempo'. Então, coletivamente, completamente perdidos no labirinto do materialismo nefasto, colapsam sobre si mesmos na ânsia suicida de preencher o saco sem fundo do vazio tenebroso da alma. Em todas as classes e idades, até nos mais remotos rincões do Planeta, Ter é Ser, e isso basta. Contudo, logo sobrevém o vazio da alma, o vazio existencial, aquilo que é amargamente indizível, perturbadoramente inexplicável e, então, o Ter ou a 'Ilusão do Ter' já não bastam mais. A morte é a solidão total. Quase todos são covardes diante da morte e, como muitos já estão à beira da morte em vida, muitos se apegam a qualquer coisa para evitar essa solidão final. Com efeito, alguns minutos de solidão sem internet, longe das redes umbrais sociais é o que basta para a maioria atingir ou ser atingida pela 'Incomensurável Ansiedade' que faz com que o 'Incomensurável Abismo humano se manifeste' desvelando a completa falta de sentido da vida humana na Terra e a absurda falta de sentido de tudo. E essa falta de sentido de tudo, que leva a uma solidão profunda, se escancara cada vez mais e faz 'o tudo' desmoronar diante do animal que acha que pensa, que se acha especial e, para muitos dentro dessa maioria bestializada, a única forma de vida inteligente em todo o Cosmos. Diante de tamanha desolação vivida a conta gotas todos os milésimos de segundo da vida cada dia mais miserável na sociedade fake, Ser de fato e Pensar exigem muita disposição, coragem e ousadia, principalmente, quando se chega a um estágio existencial desses, incomensuravelmente turbulento, desintegrador. Pensar, sobretudo, num estágio desses, de completa desolação existencial, também é sofrer, mas não é qualquer sofrer. É um sofrer mais pesado e mais solitário que a própria morte, mais pesado que a aniquilação de toda a espécie. Terrível é a decepção de todos os que acham que Ter Coisas bastaria para preencher o vazio existencial. Mas muito mais terrível, brutalmente terrível, é a decepção e a revolta dos que esperavam alguma coisa daqueles que acham que Ter Coisas, bastaria. Não há sentimento mais frio, pesado e desolador, mas também libertador, que o sentimento da certeza de que não há nada a se esperar desse mundo, dessa humanidade e, provavelmente, de toda a Incomensurabilidade Cósmica. Não há ressignificação que dê jeito diante deste Supremo Abismo dos abismos do Ser que pensa à deriva na Imensidão Interestelar. Em suma, esse é o Século do prelúdio do fim da humanidade como a conhecemos. Infelizmente, e todos os prognósticos apontam isso, cedo ou tarde, provavelmente mais cedo do que imaginamos, em face do que já ocorre no cotidiano pela violência da desumanização desenfreada, escancarada e aceita como ‘coisa normal’, oceanos de lágrimas e de sangue jorrarão sobre a Terra. Não dá outra.
Atrás de loucos
Desde que o mundo é mundo, a maioria da humanidade sempre andou atrás de loucos com 'uma promessa de uma Terra Prometida'. Até hoje, a destruição da mente, do coração, da alma e de tudo aquilo que tragicomicamente acreditaram é só o que de fato alcançaram.
Quem me interessa?
Só me interessa os que de fato desceram às mais tenebrosas profundezas. Os que foram ao próprio inferno, umbral ou no mínimo, ao purgatório. Os que nunca desceram ao Abismo dos abismos, nada tem a dizer senão groselhas pseudo-intelectuais, coisas extremamente entediantes, insuportável mais do mesmo.
Ser
Aprendi com a vida, nas ruas da amargura
Ser, doa em quem doer
Pouquíssimos tentaram compreender
A maioria nem tentou
A incompreensão absurda
Falsidade pura
Parida pela superficialidade bestial
Com segundas e terceiras intenções
Sob interesses escusos
É o que sempre prevaleceu
por parte da maioria que se acha esperta
Muitos até a mim vieram
Como se nunca tivessem vindo
Graças a Deus!
A nossa escolha
Sabemos muito bem que a Escuridão e o Mal estão por toda a parte neste mundo, nos espreitando. Sabemos que a paz é mais um estado de espírito individual, inconstante, do que um objetivo coletivo. A guerra e a destruição sempre nos espreitam, no micro e no macro. Mas, acreditamos que podemos escolher entre fazer parte da Escuridão e do Mal, batalhar contra eles ou ignorá-los tanto quanto possível, se é que isso é possível. Com efeito, independentemente do que for, no fim do dia, durante a nossa caminhada sobre a Terra, podemos escolher não permitir jamais que a Escuridão e o Mal prevaleçam sobre nós, sobre nossa mente, coração e alma. Podemos escolher entre ser Viajantes das Trevas na Escuridão ou autênticos e destemidos Viajantes da Luz na Escuridão. Sempre há tempo para tudo. Mas, o tempo não para, o tempo urge!
Filósofo e Sofista nos dias de hoje
O Filósofo, com F maiúsculo - - - apesar da morbidez de Sócrates e seu fingido uso da frase (sei que nada sei) inferida no contexto da inscrição do frontão do templo de Delfos: “Conhece-te à ti mesmo”, - - - - sabe que não sabe nada, isto é, compreende suas limitações e imperfeições e busca a verdade ainda que relativa, através do estudo e do aprofundamento dos fatos, da observação, da experiência, da vivência, unindo teoria e prática, numa práxis transformadora da realidade em que vive, visando o Esclarecimento e o progresso humano, ainda que duvide da ‘qualidade’ de tal progresso. A lógica e a simplicidade são suas companheiras inseparáveis, tanto na realidade objetiva, quanto na supra-realidade (subjetiva) e na extra-realidade. Ou pelo menos deveriam ser. Detalhe da personalidade: não faz a menor questão de aparecer, ser famoso, reconhecido e não busca agradar a ninguém. Já o Sofista ignora suas limitações e imperfeições e busca relativizar tudo, principalmente, a verdade e os fatos. Ao contrário, o sofista gosta de enfeitar a verdade que dispensa enfeites. Sua observação, experimentação, vivência, teoria e prática são afetadas diretamente e são distorcidas por essa vivência incessante na "aparência de conhecimento". O Filósofo sabe que, diante da incomensurabilidade cósmica e, sobretudo, existencial, pouco ou nada sabe, de fato. Mas, não finge saber. O sofista, porém, sabe que não sabe, mas finge muito bem, dissimula, se empola, se enfeita como um palhaço sabichão, ‘poser’, mente para si mesmo, acredita na própria mentira e a vende com a "aparência da mais pura e transparente verdade" aos incautos e desesperados da vida. Detalhe da personalidade: faz de tudo para se exibir, para se aparecer, ser famoso, ser reconhecido e age politicamente visando agradar a gregos, troianos, persas e todo o resto. Sempre está em busca de obter alguma vantagem. E qual destes prevalece e se dá bem na sociedade fake de nossa era? O sofista. Mas, nunca foi assim? Hum?
Carne moída
Neste mundo, a menos que você seja um bilionário e membro do grupo de menos de um por cento dos (des) humanos que detém, há séculos e de maneira hedionda, noventa e nove por cento das riquezas do Planeta e seus meios de produção, você tem três caminhos: ser a carne moída que outros devorarão, ser o devorador ou ser ninguém, invisível ao radar de tudo e todos. É possível ser outra coisa? Talvez. Contudo, independentemente de quem for que você seja, acredite ou não, num mundo como esse, de uma maioria da humanidade perdida na putrefação mental, moral e espiritual, cedo ou tarde, o verdadeiro Mal vai chegar até você. Esteja preparado para lidar com isso.
Mente
A mente humana às vezes é como um abismo infernal cheio de poços macabros com demônios, monstros, espíritos perdidos e espectros vagando por toda a parte. Por isso, encarar o abismo é uma coisa que qualquer um faz, várias vezes durante a vida. Mas estar dentro desse abismo, sobreviver a ele, caminhar por ele, senti-lo, vivenciá-lo, absorvê-lo, aprender com ele e, como um novo tipo de ser brutalmente transformado, retornar...isso, é para poucos. Na verdade, raríssimos são os que conseguem retornar desse abismo. A maioria dos indivíduos apenas observa o abismo à distância, porque sabem que não retornariam.
Multidões de imbecis
Máxima data vênia, infelizmente, hoje em dia vemos multidões de imbecis que não leem nem 'placa de pare', ou toscos que nunca estudaram os autores decentemente, tentando se passar por profundos conhecedores de autores, por compartilharem meras frases nas 'redes umbrais sociais'. Mas, quando isso, essa sofística toda, foi diferente na história dos animais falantes que se acham pensantes? Hum?
“Contra o sistema”
Das cavernas ao "agora decadente", sempre existiu um "Sistema das coisas", com mecanismos que favorecem os que estão no topo e os deixam cada vez mais absolutos. Todo "Sistema das coisas" é construído e mantido pelo acúmulo do Poder das Riquezas de cada época, junto de uma mega bolha de abismos sociais de misérias, injustiças e abusos criminosos, assegurado pela Força da violência mais brutal que possa ser concebida, do terror mais insano e da hediondez mais desumana que possa ser imaginada. Os idiotas, sempre em maioria, são os que bancam e mantêm o Sistema de Coisas, principalmente, as vidas de Reis e Rainhas dos que estão no topo. É essa massa de idiotas que paga toda a vida boa das elites com sua vida miserável, sua força de trabalho, sua mente, alma a coração. Em todos os tempos sempre existiram sociedades de idiotas comandadas por canalhas. Claro, em todos os tempos sempre existiram os que - - - (por vontade própria, indignação própria ou teleguiados por alguns do topo que desejam tomar o lugar de outros do topo) - - - "ousaram" ir contra o Sistema de Coisas. Contudo, quase sempre todos os indignados revolucionários se deram, se dão e se darão mal. As revoluções e os revolucionários sempre acabam engolidos pelo Poder do dinheiro ou aniquilados pelo Sistema das Coisas, que muda a face, se readapta, se reorganiza e até parece 'a mudança dos novos tempos', mas, essencialmente, continua o mesmo Sistema das Coisas. Isso é um resumo do que é a vida nesse hospício chamado Terra. Ir contra o Sistema das Coisas nunca é uma boa e tudo sempre acaba da pior maneira possível, sobretudo, se você for um pobre sem dinheiro para viver direito e que jamais poderá pagar um bom advogado, ter sequer uma arma ou um bando armado para se defender. E mesmo que tivesse isso tudo, advogados, armas ou um bando, sua queda só estaria sendo protelada, porque no final, o Sistema das Coisas derruba qualquer um, grande ou pequeno, exceto os que estão 'no topo dos topos' da cadeia de comando do Sistema das Coisas, menos de 1% dos (des) humanos que, há tempos e de maneira hedionda, detém 99% das riquezas do Planeta e os meios de produção das riquezas e que, no final das contas, são os que de fato mandam em tudo e ditam tudo. Diante disso, dessa realidade brutal, mas transparente, clara como a luz do Sol do meio-dia, podemos fazer como diria, Eric Arthur Blair (George Orwell) em 1984, 'respeitar as pequenas regras para quebrar as grandes', sempre dissimulando o ódio a esse mundo e como ele está configurado, fingindo fazer parte do Sistema das Coisas, e continuar a viver apesar de tudo, sob o velho argumento: “fazer o quê?”. "Apenas desviando [do sistema das coisas] como um coelho que foge de um cão". Viver 'como um coelho que foge de um cão', em relação a tudo. Sociedade de idiotas comandada por canalhas e, principalmente, mentalmente, moralmente, espiritualmente, quer dizer, principalmente em relação a si mesmo e a mente que se auto-sabota constantemente. Ou, podemos viver como autênticos Viajantes da Luz na Escuridão, como alguém conscientemente louco o suficiente do 'Grande Tanto Faz' que é a Vida Humana diante da Incomensurabilidade Cósmica Interestelar, e não ligar para nada no final das contas, mesmo quando afetado de alguma maneira. Ou seja, viver não como 'um coelho que foge de um cão', como sugere Orwell em determinado ponto de 1984, mas sim como 'um fantasma que pode fazer o que quiser, estar em qualquer lugar, aparecer e desaparecer quando lhe convém'.
Inevitável
Simónides de Ceos: "Nem mesmo os Deuses podem lutar contra 'anánkê/ananque'". Ésquilo em Prometeu Acorrentado: (Fúrias): Será que Zeus tem menos poder do que elas (Moiras, sobretudo, Ananque)? Prometeu: Sim, nem mesmo ele pode escapar do que é predito." "Tinha de ser". "Era para ser assim". Existem coisas Inevitáveis? Essas coisas são preditas? Já estão 'escritas'? Lutar contra o destino, contra o que é inevitável é tempo perdido? Existe um destino? As coisas ditas inevitáveis, elas são definitivas? Tendemos a pensar e a acreditar que, de alguma forma, 'tudo se ressignifica'. Até mesmo o inevitável e 'o depois do fim de tudo'. Será? De onde vem esse pensamento de ressignificação de tudo? A ressignificação é inevitável? 'Ananke'__'Ananque', na mitologia grega, é a deusa da inevitabilidade e personificação do destino inalterável, mãe das Moiras e esposa de Moros. Seu nome, derivado do grego ἀνάγκη, significa "força" ou "necessidade". Em algumas tradições de leituras filosóficas-mitológicas, Com a sua inevitabilidade, Ananque mantém a ordem entre forças como Neicos (ódio) e Philia (amor), que lutam pelo equilíbrio do universo. Na mitologia romana, Ananque também era conhecida como Necessitas, a deusa da necessidade. _______Percebam que os Gregos, mesmo em sua fase mitológica infante, tinham uma profundidade absurda. A existência dos Gregos e da Filosofia Grega foram inevitáveis? Ou elas foram a soma de coisas dentro do caótico movimento das pessoas pelo mundo e pela história do mundo?
Sócrates X Nietzsche e o ponto nevrálgico da Filosofia
Já disse antes que Sócrates é o mártir dos anti-convalescentes pessimistas antropológicos e Nietzsche é o herói dos convalescentes otimistas antropológicos. Em outras palavras, Sócrates e Nietzsche são dois moribundos muito diferentes. A mesma pegada da comparação entre Sócrates e Nietzsche pode ser feita com outros pensadores (claro, considerando a mente, a moral, o espírito, ‘as viagens’, os podres de cada um e o contexto de seu tempo). A questão é que ao final tudo vai dar na mesma merda, no mesmo beco sem saída e nas mesmas indagações máximas: o que somos, por que aqui estamos, para onde vamos, e depois, e depois e depois? O que fazer com a vida? Abraçá-la como ela é? Transcendê-la, ainda que utopicamente, ilusoriamente, com base em alguma ideia, teoria, crença ou filosofia que inventamos? Ou negá-la? Ao contrário da maioria dos filósofos, pensadores, trabalhadores cerebrais e homens de letras, que tal apenas vivermos a vida? Mas, só viver a vida não basta e nós sabemos disso.
Sempre
Sempre vai ter alguém em algum lugar tentando tirar aquilo que acha que é seu [lhe pertence].
Todos
Todos acham que sabem o que existe depois da Escuridão e do Vazio. A imaginação é uma força poderosa.
Como Nietzsche
Num mundo insano como esse, não seria nada mal acabar como Nietzsche, louco, perdido nas profundezas do próprio abismo.
Muito louco
É muito louco pensar sobre o que pode estar acontecendo na cabeça de uma pessoa, que tem certeza de que você não sabe o que está rolando.
Onde a sua mente estiver
Onde a sua mente estiver, ali você estará, com tudo o que faz você ser o que é, os seus deuses, anjos, demônios, monstros ou seus muitos nadas, ainda que seja em algum lugar impossível e incógnito, numa dimensão incerta, na Incomensurabilidade Cósmica.
Praga autodestrutiva
Essa praga autodestrutiva e destruidora de mundos alcunhada humanidade, está a caminho do suicídio global, literalmente na estrada para o inferno.
Fingimento
Todo mundo finge. Sem fingimento não haveria humanidade. Há pessoas que são boas fingidoras e pessoas que são más fingidoras. Todos fingem que está tudo bem. Fingem que amam, que perdoam, que seguem em frente. Fingem fingir. A pessoa má fingidora sempre para de fingir quando mais se precisa do fingimento.
Tudo se ressignifica?
Tendemos a pensar e a acreditar que, de alguma forma, 'tudo se ressignifica'. Até mesmo o inevitável e 'o depois do fim de tudo'. Será? De onde vem esse pensamento de ressignificação de tudo? A ressignificação é inevitável? Ou tudo é só um tipo de delírio de auto-defesa diante da finitude inevitável, parte do mecanismo primitivo de sobrevivência? "Quero acreditar, prefiro acreditar que seja assim." Vida, estrambólica vida.
A filosofia do Tanto Faz de todos os tanto faz
Já perdi a conta de quantas vezes A Filosofia me livrou do Vazio dos vazios, antes do tempo. Isso, porém, não significa que A Filosofia não seja a minha 'causa mortis' um dia ou contribua decisivamente para tal. A mente é uma incomensurável caixa de Pandora de surpresas. Com efeito, após anos vagando por esse mundo insano, chego à conclusão de que, para mim, consciente de que diante da imensidão cósmica interestelar, da incomensurabilidade da vida, da inefabilidade da existência a humanidade não passa de um bando de Zé Ninguém, todas as coisas que os animais falantes que se acham pensantes fazem ou deixam de fazer, seja no dia a dia violento, truculento, medíocre e miserável, seja no alto da pirâmide da sociedade de idiotas comandada por canalhas, seja escondido atrás do poder, e da violência dissimulada ou escancarada do poder, TANTO FAZ. O que me conforta, todos os dias, é que cedo ou tarde, tal como os dinossauros, essa praga autodestrutiva, autoproclamada 'humanidade', vai ser varrida do mapa cósmico e ninguém na vastidão sideral sentirá a sua partida. Só lamento pelos raríssimos bons e simples de coração e pelas várias outras formas de vida que habitam esse Planeta aterrorizado por essa espécie tosca e autodestrutiva. Infelizmente, diante do avançado estágio de putrefação mental, moral e espiritual da maioria dos bilhões de animais falantes que se acham pensantes, apegados de maneira doentia às coisas materiais e imersos na idiotização em massa via redes umbrais sociais, não há nada que impeça suicídio global e a destruição precoce do Planeta. Diante de tudo isso, reitero, para mim TANTO FAZ. Por isso, sigo na caminhada simples de Viajante da Luz na Escuridão, observando, refletindo. Sigo, pensando e andando. Zaratustra, em seu tragicômico lirismo idealista, fruto da anti-convalescença de seu criador em desespero, disse que veio ‘para apartar-vos do rebanho’. Para mim, tanto faz. Quer continuar a fazer parte do rebanho? Foda-se! O problema é teu! Querem destruir o Planeta e se desintegrarem na imensidão sideral? Vão em frente! Afinal, nada e ninguém poderão impedir essa natureza auto-destrutiva. Por isso, vim para apartar nada e ninguém. Cada espécie tem seu começo, meio e fim. Até esse Universo terá seu fim. Contudo, doravante, passamos ao novo estágio do TANTO FAZ. A partir de agora, encarnamos 'O TANTO FAZ DE TODOS OS TANTO FAZ', isto é, cientes de que tudo na Terra, intrafisicamente e extrafisicamente, do início ao fim, não passa de uma tragicômica, insignificante e infinitesimal parte da Incomensurabilidade Cósmica. Logo, tudo aqui é secundário e, por isso, não podemos permitir que sejamos afetados por qualquer coisa e nem por coisa alguma, porque incomensuravelmente tolos seremos se assim permitirmos.
Não importa
"Não faz mal que o mundo seja destruído...Existem mais um bilhão de outros mundos...Vemos apenas um pinguinho do conjunto que é a vida, e esse pinguinho é falso. Tudo se equilibra e ninguém sofre e morre sem o seu próprio consentimento. Ninguém faz o que não quer fazer. Não existe o bem nem o mal, além do que nos torna felizes e do que nos torna infelizes.", dizia o Shimoda de Richard Bach. Num primeiro momento podemos ser bem injustos e dizer: quanta baboseira! Mas, aqui, também podemos observar o quanto de Díogenes, O Cão Cínico, ainda existe no mundo, principalmente, no mundo das letras. Tragicômico, mas divertido.
Tempo perdido
Há sempre tempo para tudo. Mas, o tempo urge e nós o perdemos.
Quem como Robespierre vive, como Robespierre acaba
Nietzsche dirá em Crepúsculo dos Ídolos, aforismo 2, o seguinte: "O mais corajoso dentre nós, só raramente tem a coragem de afirmar aquilo que sabe verdadeiramente". E ainda, em A Gaia Ciência, no aforismo 82, ironicamente, ele diz: "Na boa sociedade é preciso nunca procurar ter razão sozinho e completamente, como o quer toda a lógica pura". Os que se dizem 'de verdade', verdadeiros, sinceros, honestos, e os que tentam ser de verdade, tanto quanto possível, teriam a coragem de dizer a verdade na mira de uma arma? E numa situação dessas, a verdade importaria? Ou, então, teriam a coragem de contar seus segredos mais recônditos? Afinal, todos, sem exceções, por mais isolados e parados que sejam, tem pelo menos um segredinho sujo, uma coisinha bem escondida, afinal, não existe santinho em nenhuma parte desse mundo, sobretudo atualmente, com a maioria esmagadora da humanidade imersa no acelerado processo de idiotização, gadização e desumanização, já em um avançado estágio de putrefação mental, moral e espiritual. Quero dizer: os que pretendem ser de verdade e que se dizem de verdade, verdadeiros, honestos, sinceros e justos consigo mesmos, teriam a coragem de ser de verdade todas as horas do dia, mesmo? Isto é, de cara limpa e de cabeça erguida diante do espelho e em todo o lugar, andando sem medo de que seus segredos mais recônditos um dia se revelem, diante de si mesmos, cientes e conscientes de seus podres, erros, maldades, perversidades, perversões, desejos sombrios, e até do tesão oculto? Sim meus amigos, há uma diferença abissal entre se dizer de verdade, querer ser de verdade e Ser de Verdade de fato, sobretudo, viver relativamente 'numa boa' com todas as mentiras dos outros, com todas as enganações e absurdos do mundo cão, principalmente, conviver com a sua verdade pessoal, suas muitas mentiras e com tudo aquilo que não deve ser revelado, que deve ir contigo para o túmulo. Em resumo, para Ser de Verdade de fato, nesses termos, num mundo cão, insano e brutal como esse em que estamos, é preciso uma puta coragem, uma fodastica dose de loucura e, inevitavelmente, treminhões de hipocrisia. Sim, todo ser pensante é essencialmente hipócrita. Logo, sem hipocrisia a humanidade não sobrexistiria. Portanto, penso firmemente, que todo aquele que se coloca na posição de intocável e 'inafetável' pela podridão do mundo, achando que nunca terá a lama desse mundo sequer em sua roupa ou seu corpo, principalmente, os que se colocam na condição de impolutos e incorruptíveis, como Maximilien François Marie Isidore de Robespierre, acabam como Robespierre, literalmente ou sentido figurado e pior que isso, desiludidos e decapitados pelas próprias ilusões. Nietzsche ainda dirá em, Fragmentos Póstumos 1880-1881, o seguinte: "Como o homem tem necessidade de ilusões para viver bem!". Com efeito, se há algo muito pior do que se desiludir com algumas verdades, esperanças e expectativas factíveis falhadas é se decepcionar com as próprias ilusões. Isso sim, seria o cúmulo de uma vida fake. Mas, o que são certas esperanças e expectativas senão ilusões, mentiras que contamos para nós mesmos? Os que tentam ser de verdade vinte e quatro horas por dia num mundo de mentiras e enganações, gradativamente, vão se tornando invisíveis aos próprios olhos e aos olhos daqueles que já não enxergam mais nem um palmo diante do próprio nariz. Portanto, é recomendável doses homeopáticas de mentiras sinceras várias vezes ao dia, por vários períodos da vida. Assim, evita-se a invisibilidade total, preserva-se alguma sanidade e a imagem que os outros tem de você. Contudo, fica a indagação: quão amargo, doloroso e insuportável pode ser tal paliativo aos que tentam ser de verdade, ainda que aos trancos e barrancos, conscientes de suas incomensuráveis limitações e imperfeições? 'Eu não sofro disso, porque nunca tento ser de verdade, me basta a aparência confusa e conturbada da verdade', dirá o eu ébrio lírico.
Complexo de Baiacu
O indivíduo que se auto-afirma e se auto-proclama, sem nenhuma auto-crítica, se portando como algo terminado, é como um Baiacu, inflado do veneno da megalomania vazia.
Teoria do 'Mundo Além, Cão'
Tenho uma teoria louca sobre o Além. Penso que não muda muito do que é aqui na Terra, penso que há, no 'Além', 'as elites que ficam no bem bom', enquanto miríades de miseráveis 'espiritualmente', se arrebentam entre si em disputas, conflitos e no caos mental, moral, espiritual, na desigualdade, injustiças e abusos criminosos. Todos lutando 'por um lugar à luz'. Máxima data vênia, na prática, penso que o mundo espiritual também é um 'mundo espiritual, cão', onde os fracos não tem vez e prevalece a moral dos mais fortes/mais bem postados na hierarquia social, como penso ser aqui na Terra, nessa realidade e em toda a Incomensurabilidade Cósmica, uma 'Incomensurabilidade Cósmica, Cão', onde no fundo é cada um por si, e 'sorte' de quem tiver alguém de verdade para dividir um pouco a carga de Ser, a fodeção de existir. Contudo, de minha parte, apesar de todos os pesares, dessa visão que para outros parecerá 'ultra-pessimista', mas que entendo como meramente realista, penso que o Amor é A Lei Transformadora da A Vida em toda a Incomensurabilidade Cósmica, em todos os Universos e mundos possíveis. O Amor, entendido aqui como algo maior, elevado, é a Ressignificação das ressignificações. Logo, onde existir Amor de Verdade, a Vida e tudo a sua volta se Ressignificarão e seguirão seu rumo, como Entidades Viajantes da Luz na Escuridão, como nós Viajantes da Luz na Escuridão. Até o Colapso Final, porque, teoricamente, tudo Colapsará um dia, até mesmo a Incomensurabilidade Cósmica. No entanto, enquanto o Colapso Final não chega, espero que quando chegar a minha hora derradeira de passar deste para o outro lado do rio da vida, então, no 'Além de fato’, que pelo menos tenha livros e pessoas interessantes para trocar ideias, além de gatos e cachorros. Se não, se for como os crentelhos dizem, então, tudo tende a ser uma grande merda e aí é melhor que não tenha nada.
Aforismos gerais
A escuridão não destrói a luz, apenas revela quem tem coragem de carregá-la.
O abismo não é um fim, mas um teste: alguns caem, poucos atravessam, raríssimos retornam.
Nada é mais brutal do que a verdade despida de ilusões, por isso quase todos preferem a mentira.
A humanidade corre atrás do ter, mas desmorona na ausência do ser.
O tempo não se perde; ele nos consome enquanto fingimos possuí-lo.
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Quem nunca enfrentou seu próprio caos ainda não começou a existir de verdade.
A ilusão é o anestésico da existência; poucos suportam a vida sem ela.
A morte não é o fim, mas o espelho que reflete o que realmente fomos.
Ser um Viajante da Luz na Escuridão é saber que o desconhecido sempre nos espera, quer queiramos ou não.
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Na penumbra da existência, cada sombra revela uma centelha de verdade.
O vazio que assusta é apenas o espaço para a luz que ousa emergir.
Entre a ilusão do ter e a essência do ser, reside a luta de quem se atreve a viver.
A sabedoria nasce na coragem de encarar o abismo sem se perder.
Cada instante é um convite para abraçar o desconhecido e reinventar a própria existência.
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Quando a alma se lança no abismo, descobre que o medo não é o vazio em si, mas o espelho das infinitas possibilidades do seu ser.
No eterno confronto entre luz e trevas, reside a liberdade de transcender a ilusão, abraçando a complexidade e a dualidade de nossa existência.
Cada instante de dúvida é um portal para a transformação, onde o caos interno se converte na semente de uma sabedoria que renasce a cada aurora.
A existência se desdobra em ciclos de criação e ruína, ensinando que somente ao aceitar a efemeridade da vida podemos tocar a essência perene do ser.
No silêncio profundo do vazio, onde o ter se desmancha, emerge a verdade do ser, despida de convenções e adornos ilusórios.
Buscar o conhecimento é aventurar-se num mergulho no próprio caos, onde cada interrogação se torna uma ponte entre a finitude e o infinito.
As revoluções mais autênticas acontecem dentro de nós, quando a aceitação da impermanência transforma a fragilidade em uma forma sublime de existir.
A verdadeira liberdade se revela na arte de dançar com o destino inevitável, transformando cada passo em uma afirmação da nossa singularidade.
Ao desfazer os grilhões das convenções, a alma desperta para a verdade: a existência é um constante renascer das cinzas do próprio ser.
Reconhecer a própria imperfeição é o primeiro ato de transcendência, pois é na aceitação de nossos paradoxos que reside a pura essência do ser.
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A escuridão não é o fim, mas o meio onde a luz aprende a conhecer sua própria força.
O abismo não chama, ele apenas espera; quem o encara sem medo já começou a atravessá-lo.
O que chamamos de ‘realidade’ é apenas um jogo de espelhos entre a ilusão que aceitamos e a verdade que recusamos.
A humanidade se debate entre o medo de ser livre e a angústia de perceber que nunca foi.
A maior armadilha da mente não é o desespero, mas a esperança cega que recusa enxergar o inevitável.
O ser humano finge buscar a verdade, mas o que deseja é uma mentira confortável que lhe permita continuar.
A filosofia não é um refúgio para os que querem respostas, mas um labirinto para os que suportam se perder.
A existência oscila entre a fúria do querer e a resignação do nada; o sábio dança nessa oscilação sem se prender a nenhuma delas.
O maior peso da vida não é carregar sua própria existência, mas suportar a consciência dela.
No final de tudo, talvez a única verdadeira escolha seja entre queimar intensamente ou apagar-se sem jamais ter brilhado.
A seguir, dois dos textos mais significativos do livro Filosofia Insólita que complementa esta obra.
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Poema-pensamento: Viva para sempre!
A vida é bela
Muda a todo o momento e há infinitas possibilidades
Mas também é fria
Dura
Implacável
Mortal
Para todos
Em todas as classes e idades
Uma decisão bem tomada pode construir impérios
O menor dos erros pode destruir civilizações
A vida é linda
Mas não se engane
Não vacile
Neste mundo há corações boníssimos
Mas também há muitos corações malignos
Alguns estão mais perto do que você possa imaginar
Viva esperto
Trabalhe pelo melhor
Torça pelo melhor
Mas não espere nada de ninguém
Nunca ache que merece
Porque ninguém merece, até que prove
Não espere nada desse mundo
Exceto dos cachorros e gatos
Deles você pode esperar algo sincero
Dê seu máximo
Seja sempre o melhor de você mesmo
A sua melhor versão
Seja você mesmo
Seja de verdade
Tenha coragem de usar o seu conhecimento
Aja pelo melhor
Torça pelo melhor
Espere pelo pior
De preferência, com um sorriso no rosto
Ainda que um sorriso insano, só para disfarçar
Esteja sempre pronto para o pior
Assim, o que vier de bom é lucro
Nada supera a grandeza das pequenas coisas da Vida
A vida é maravilhosa
Mas não durma no ponto
Esteja sempre atento e alerta
O mal tomou todo o café do Cosmos e por isso nunca dorme
Viva a mil
Pois quem vive pra valer nunca morre
Viva intensamente
Sem medo de ter medo
Viva pra valer, bote pra foder
Mas nunca baixe a guarda
O mal, como uma vizinha fofoqueira, sempre está à espreita
Iluminar o mundo custa caro
Um preço que só os que lutam para iluminá-lo, pagam
Trabalhe pelo bem
Viva pelo bem
Faça o bem
Mas nunca esqueça do mal, que igual aos juros bancários, não cessa
A vida é grandiosa
Mas não perdoa ninguém
Nem mesmo os que dizem 'amar a vida'
Nunca esqueça que diante da Imensidão Cósmica Interestelar, ainda somos como meras partículas de poeira cósmica pensantes
No máximo animais pensantes, um dia talvez, espíritos filosofantes
O desapego é maior e melhor que o apego
Por isso não é para qualquer um
Não se deslumbre com nada
A sorte demora e quando chega é fugaz
Mas o azar se delonga como a visita imprópria que parece que nunca vai embora
Não se deslumbre com nenhuma grandeza
Pois toda grandeza é efêmera
A humanidade se acha grande coisa
Os dinossauros eram gigantescos
Mas bastou uma pedra para eles serem varridos da face da Terra
A vida é maravilhosa
Mas não é um conto de fadas
Ou um filme de Hollywood
A realidade quase sempre é outra
Nesse mundo, 'onde os fracos não tem vez'
Na maioria das vezes, prevalece a moral do mais forte
Por isso dizem que 'o mundo é dos vivos'
Esse mundo tem seu lado belo, é inegável
Mas esse mundo é um mundo cão
A vida é belíssima
Mas não esqueça
Todos nós temos data de validade
Um dia, quando menos esperarmos, do nada, o nosso fim chegará
E tudo o que já fomos, somos e que gostaríamos de ser Estará acabado
Nós sempre seremos pegos
De calças curtas, com calças ou sem calças
Aproveite a vida com tudo o que você puder
Faça tudo o que quiser
Porque o nosso tempo aqui
Cedo ou tarde, acabará
Todos que amamos e tudo o que amamos será destruído pela morte impiedosa
Mas não se aflija
Não retroceda
Não fuja
Enfrenta o que puder ser enfrentado
Aceite o que tiver que ser aceito
Nunca se dê por vencido, por mais ferrado que esteja
Alguns dizem: 'somos, ao mesmo tempo, Luz e Escuridão'
Muitos escolhem ser só escuridão
Mas você pode escolher ser um Viajante da Luz na Escuridão
A vida é incomensurável
É choque de forças
Alternância, mudança, transcendência, transformação
Uns buscam se transformar para o Bem e outros para o Mal
O medo e o ódio podem tomar conta de mentes, corações e almas por um longo tempo
Mas O Amor é A Lei Transformadora da Vida
Em toda a Incomensurabilidade Cósmica
Em todos os Universos e mundos possíveis
Só duas coisas prevalecem em toda a Incomensurabilidade Cósmica: O Equilíbrio e a Evolução
A vida sempre poderá ser ressignificada
Sempre haverá um ponto de virada
Para mudar, transcender, evoluir
Ser melhor
Pior
Ou ficar na mesma
É a escolha de cada um
A nossa vida aqui na Terra é construção, destruição, reconstrução, ressignificação
Viva de coração, corpo, alma e mente
Viva com tudo
Com força
Com emoção
Com Gratidão
Com fúria
Com Amor
Com imaginação
Com tesão
Com loucura
Com energia
Viva para sempre!
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Sobre o Amor, hoje
O que é o amor?
Uma combinação de algoritmos?
Uma criptografia biológica avançada?
Uma invenção social? Uma narrativa?
O que é o amor?
Uma doce mentira?
Um solitário segredo?
Um sentimento sagrado?
Um insano e mórbido desejo?
O tudo ou o nada?
O começo ou o fim?
O que é o amor?
Saber ser e não ser?
Ou saber deixar de ser?
É estar longe, mas perto?
Ou abraçados, mas em outros abraços?
É saber dizer sim?
Ou não saber dizer não?
É o que amadurece a cabeça?
Ou o que infantiliza o coração?
O que é o amor?
É abrir mão? A mente? Ou a alma?
É escolher a renúncia?
Ou renunciar a uma escolha?
É aquilo que sempre existiu?
Ou o que ainda existirá?
É o que vive?
O que morre?
Ou o que nos assombra?
É uma libertação?
Uma prisão?
Ou um manicômio?
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