A decadente ditadura da esquerda dentro da universidade pública brasileira


Título: A Decadente Ditadura da Esquerda nas Universidades Públicas Brasileiras: Crítica à Hegemonia e Apelo ao Pluralismo

Resumo: Este artigo analisa a dominação ideológica da esquerda nas universidades públicas brasileiras, combinando crítica teórica e testemunho vivencial sobre práticas de silenciamento, doutrinação e intolerância à divergência. Fundamentado em autores como Pierre Bourdieu, Maurício Tragtenberg, Jessé Souza e estudos publicados em periódicos acadêmicos de reconhecida credibilidade, o texto argumenta que o atual ambiente universitário, longe de promover liberdade intelectual, reproduz uma hegemonia simbólica que marginaliza vozes não alinhadas. Aponta-se a urgência de restaurar o pluralismo de pensamento como condição para a sobrevivência da inteligência acadêmica.

E agora, José?

Universidades públicas brasileiras, há décadas, vêm sendo ocupadas por uma hegemonia ideológica de esquerda, particularmente radicalizada nos últimos anos. Essa hegemonia se sustenta por meio de mecanismos institucionais, simbólicos e culturais que naturalizam uma única forma de pensar e marginalizam qualquer perspectiva que fuja do consenso militante. O fenômeno, longe de ser pontual ou isolado, manifesta-se na composição de colegiados, na escolha bibliográfica dos cursos, nas falas autorizadas nos corredores e nos eventos acadêmicos. O estudante ou professor que se opõe a essa linha predominante é submetido a um sistema informal de censura, patrulhamento moral e rotulação sumária: fascista, racista, machista, reacionário.

Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron, em "A reprodução" (1975), apontam que a escola e a universidade exercem o que chamam de violência simbólica: impõem, como se fossem neutros, os valores culturais de uma elite dominante, legitimando-os como universais. Quando aplicada ao contexto brasileiro atual, essa teoria ajuda a compreender como a esquerda institucionalizada impõe sua visão de mundo como única possível, disfarçando ideologia de ciência. O que se apresenta como “pensamento crítico” é, muitas vezes, um dogma disfarçado, que rechaça a crítica real e ignora o contraditório.

Maurício Tragtenberg (2004) alerta para a burocratização do saber, em que a produção acadêmica passa a valer mais pelo número de artigos, citações e rankings do que por sua capacidade de intervir criticamente sobre a realidade. A universidade transforma-se em um sistema autoreferente, onde grupos de estudo operam como trincheiras ideológicas, não raro repetindo mantras pseudomarxistas sem análise crítica ou base teórica sólida. Essa cultura da performance acadêmica, aliada à cultura do “lacre” e da virtude militante, esvazia o verdadeiro espírito do pensamento universitário.

Mesmo intelectuais de esquerda, como Jessé Souza, apontam os limites da esquerda acadêmica. Em sua obra "A elite do atraso" (2018), ele critica a esquerda institucional por ter adotado uma agenda identitária e se afastado das bases populares. A universidade, enquanto bastião dessa esquerda “lacradora”, tornou-se uma bolha autorreferente, mais preocupada com disputas simbólicas e terminologias politicamente corretas do que com as condições reais de vida da população pobre e trabalhadora.

Estudos acadêmicos publicados em revistas como "Educação & Realidade" e "Revista do Instituto de Políticas Públicas de Marília" apontam para a reprodução de epistemologias eurocêntricas e o fechamento da universidade à diversidade epistêmica. As estruturas acadêmicas selecionam discursos, reforçam consensos e bloqueiam dissensos — mesmo aqueles fundamentados em argumentos válidos e ética acadêmica. O ambiente torna-se hostil à dúvida, à crítica honesta e ao pensamento fora da curva.

Essa hegemonia se soma à plataformização da educação e à mercantilização do saber. A universidade hoje sofre tanto sob o domínio da ideologia quanto sob o avanço de um capitalismo tecnocrata que transforma tudo em dado, métrica e produto. Professores tornam-se geradores de conteúdo, estudantes tornam-se consumidores, e a autonomia intelectual, outrora central, torna-se um luxo. A esquerda universitária, ao doutrinar em vez de formar, torna-se cúmplice involuntária desse processo.

Não se trata, aqui, de desejar uma universidade sem esquerda — isso seria tão autoritário quanto o que se critica. Trata-se, sim, de romper com o monopólio simbólico e permitir que outras vozes — conservadoras, liberais, libertárias, populares — também tenham vez, sem medo de retaliação ou perseguição. A restauração do pluralismo (de fato) é urgente. Sem ele, o pensamento acadêmico se torna repetição estéril, e a universidade perde sua razão de ser.

Em suma: todos os lados do espectro político, que são meras marionetes do sistema capitalista tecnocrata ultra-dinheirista, brigam pelo controle do sistema educacional, não para melhorar a educação, mas controlar o povo desde as mais tenras idades e fazer dele, cada vez mais, um escravo mental pronto para mudar de tirano a qualquer momento, mas sempre servindo toda forma de tirania como se fosse 'uma coisa boa, justa e certa a se fazer'. 

Enquanto isso, o rolo compressor do capitalismo tecnocrata ultra-dinheirista, fundamentado no apego doentio às coisas materiais, esmaga tudo e todos em toda a parte. E a atual ditadura de esquerda nas universidades públicas brasileiras, num paradoxo tragicômico, reitero, mais preocupada com o Poder e as mamatas do Poder, bem longe do povão, contribui com esse rolo compressor, ao tentar escravizar mentes, assassinando a multi-pluralidade de ideias.

"O inverno está chegando", literalmente. 


____E. E-Kan 


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Referências

BOURDIEU, Pierre; PASSERON, Jean‑Claude. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975.

FERNANDES, Manlio S. et al. Universidade pública: questões conjunturais. Revista do Instituto de Políticas Públicas de Marília, v. 6, n. 1, 2020. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/715/71550676006/. Acesso em: 11 jul. 2025.

TRAGTENBERG, Maurício. Educação e burocracia. São Paulo: Hucitec, 2004.

SOUSA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. 2. ed. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2018.

Desafios simbólicos da universidade: a perspectiva de estudantes sobre a permanência. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 41, n. 4, p. 1187‑1210, 2016. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/1550/155070813029/. Acesso em: 11 jul. 2025.


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