Auto-coisificação

 #QuestãoFilosófica

Um decote apetitoso, um traseiro convidativo, uma pose de profissional de boate e um sorriso safado para a câmera é o que basta hoje em dia para muitas mulheres conquistarem uma multidão de 'seguidores', muitos deles tarados e até maníacos perigosos, que não estão nem aí para sua 'arte', 'conteúdo' ou o que quer que o valha. Infelizmente, hoje em dia, vale tudo para se aparecer, inclusive estuprar a própria consciência e essência, abandonando 'Quem Se É' para 'tentar Ser' quem nunca será (como as fúteis e inúteis ditas 'grandes influencers e sub-celebridades') numa auto-prostituição insana em busca de alguma relevância nas redes umbrais sociais.

Quando se tem algum sucesso esperado, a vaidade agradece a vulgaridade e a exposição perigosa ao ridículo e o fingimento aumentam. Quando não se alcança aquilo que queria, então, aumenta-se a dosagem da exposição perigosa ao ridículo. Vale tudo e isso se comprova pelos atos, fotos e vídeos no Instagram e TitikaToka, de fato, atos ridiculamente desesperados em busca da 'fama' fugaz e efêmera. E não, isso nada tem a ver com os "direitos das mulheres", afinal, cada indivíduo sobre a Terra (e não apenas a mulher) faz o que bem entender com seu corpo, mente, coração e alma, traseiro, seios, órgãos genitais, com a sua sensualidade, enfim, com a sua vida, não é?

Isso tudo, não tem a ver apenas com a mulher em si, mas sim, tem a ver com a degradação do ser humano pelo processo de humanidade zero, a algoritmia do caos das redes umbrais sociais que empurram a humanidade para sua idiotização, gadização e desumanização, tem a ver com a podridão mental, moral e espiritual que já tomou conta da maioria da humanidade, e sim, também, tem a ver com esse ser belo da criação que é a mulher que também acaba triturada, coisificada e auto-objetivada nesse processo desumanizatório. Isso é claramente percebido nos dias atuais, isto é, na ânsia de superar o homem, a maioria esmagadora das mulheres, acaba por se tornar semelhante ou até pior que o pior tipo de homem, o ridículo, o tosco, o vulgar, o perverso, o pervertido, o que não tem nada a acrescentar ao progresso humano, o pobre de espírito, o tragicômico, o cego, surdo e mudo para a busca da verdade e do Esclarecimento. 

Em suma, essa crítica que ao mesmo tempo é um alerta que visa a Re-humanização da humanidade, tem a ver com a mulher se tornar um mero produto, objeto, um pedaço de carne em exposição, tem a ver com a mulher se tornar aquilo que ela não é e não quer ser, tem a ver com a mulher se tornar àquilo que muitas das ditas feministas chamariam de 'pobre diabo digno de pena'.

Tudo, pela fama fugaz e efêmera. Em resumo, tanto para as mulheres quanto para os homens, sobretudo, nessa era de redes umbrais sociais e da insana corrida por exposição perigosa e ao ridículo, em busca de fama efêmera, a questão sempre foi e será: posso fazer o que bem entender? Posso. Mas me convém? É necessário? É de bom grado?. E sim, há como ser sensual, atraente, relevante e ainda divulgar algum conteúdo decente e interessante, sem se auto-coisificar, não é?

E-kan

Filosofia Supra Realista

Imagem: Gentlemen's Club is a painting by Kelly Gilleran

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