Os estudos científicos atuais e o "Morreu, acabou."


Morreu, acabou?

Cada era que passa, sobretudo na atualidade, a Ciência  - - - (apesar de todo o negacionismo, crentelhonismo, fanatismo religiopata e as tremendas dificuldades do processo inerente à área)  - - - avança em vários sentidos e, sobre o 'ter ou não ter vida depois da morte', vida extrafísica, vida espiritual ou que o valha, cada vez mais, a ciência é taxativa: NÃO HÁ NADA MAIS, É TUDO COISA DA CABEÇA DO INDIVÍDUO, MAIS PRECISAMENTE, É TUDO REAÇÃO DO CÉREBRO QUE ESTÁ MORRENDO COM O CORPO. 

Há dois textos sobre estudos científicos acerca do momento da morte, publicados na BBC, que julgo pertinentes: 'As descobertas de neurocientista sobre o que se passa no cérebro enquanto morremos' falando do trabalho científico da Neurocientista Médica, Jimo Borjigin, e outro texto intitulado: 'Como cientistas mostraram que vida passa mesmo como filme antes da morte', sobre o trabalho do Cientista Médico Ajmal Zemmar. 

Após a leitura atenta das matérias e a pesquisa nos artigos-base originais, a pergunta que fazemos é: 

Podemos dizer que tanto para Jimo Borjigin quanto para Zemmar as observações, as experiências e os estudos científicos apontam para que todas as coisas que as pessoas dizem ver, na hora da morte, sobretudo, nas experiências de quase morte, como 'luz', 'pessoas que já morreram' e outras coisas, não passam de meras imagens criadas por um cérebro que está morrendo?

Sim, tanto para Jimo Borjigin quanto para Zemmar, as observações e estudos científicos sugerem que as experiências relatadas por pessoas próximas da morte, como ver luzes, pessoas falecidas e outras visões, podem ser explicadas como imagens criadas por um cérebro em processo de morrer.

No caso de Zemmar, as ondas cerebrais registradas durante os momentos finais de um paciente mostraram padrões semelhantes aos observados durante sonhos ou memórias

Isso sugere que o cérebro pode estar revisitando memórias ou criando experiências intensas nos momentos finais de vida. 

As ondas cerebrais continuaram ativas por cerca de 30 segundos após a parada cardíaca, indicando que a atividade cerebral pode persistir brevemente após o coração parar de bater.

Por outro lado, Jimo Borjigin observou uma intensa atividade de neurotransmissores, como serotonina e dopamina, nos cérebros de ratos após paradas cardíacas. 

Essas substâncias estão frequentemente associadas a alucinações e experiências intensas. 

Estudos em humanos também mostraram alta atividade cerebral em áreas relacionadas à consciência e funções cognitivas após a retirada de suporte vital, sugerindo que o cérebro pode gerar experiências vívidas nos momentos finais.

Portanto, ambos os cientistas apontam para a possibilidade de que essas visões e experiências relatadas durante quase-mortes sejam produtos de um cérebro que está morrendo, criando imagens e sensações intensas como parte de seus últimos momentos de atividade.

Pesquisar mais

Jimo Borjigin destaca a necessidade de mais investigações sobre o que acontece no cérebro durante o processo de morte

Suas descobertas indicam que ainda sabemos muito pouco sobre os mecanismos cerebrais nos momentos finais de vida. 

Ao observar a intensa atividade de neurotransmissores e as altas ondas cerebrais em ratos e humanos durante a morte, ela sugere que o cérebro pode ter formas complexas de reagir à falta de oxigênio.

Essa pesquisa é fundamental não só para entender melhor as experiências de quase-morte, mas também para evitar diagnósticos prematuros de morte. 

Borjigin enfatiza a importância de continuar estudando esse fenômeno para aprimorar nossa compreensão sobre o processo de morrer e, potencialmente, melhorar os cuidados médicos nesses momentos críticos.

'Algo de espiritual'

"Acho que há algo místico e espiritual em toda essa experiência de quase morte", diz Zemmar. 

Considerações 

Observa que, na matéria, Jimo tem uma levada mais científica: "Por isso, eu acredito que o cérebro diz: 'Melhor eu fazer algo diante desta crise que está chegando'. Ele precisa conservar essa quantidade decrescente de oxigênio que está entrando no sistema.", ela diz.

"Mas a pergunta é: por que o cérebro moribundo tem uma atividade tão intensa?", ela também diz.

Contudo, ela faz uma ressalva quanto ao diagnóstico final: "Precisamos investigar, descobrir, entender isso porque poderíamos estar fazendo diagnósticos prematuros de morte em milhões de pessoas, já que não compreendemos o mecanismo da morte."

Aqui, observamos, que esse pensamento de Jimo pode abrir brecha para os fanáticos religiosos e moralistas de plantão, contrários à Eutanásia, ao suicídio assistido (autorizado judicialmente) e ao desligamento de aparelhos quando a pessoa de fato NÃO TEM MAIS VOLTA. Pode-se criar uma 'crença' em cima de uma distorção sobre uma tese científica de que 'o cérebro sobrevive um tempo, e não se sabe o quanto de fato', após a parada cardíaca, por aparelhos, o que é um absurdo e ela, Jimo, não fala nesse sentido, mas acaba dando brechas a esses tipos negacionistas que distorcem tudo. 

Já Zemmar, mesmo destacando que a ciência produzida por ele aponta que 'tudo pode não passar de mera  atividade 'desesperada' do cérebro em processo de morte', pessoalmente, crê que há algo espiritual em todo o processo.

O que nós pensamos?

A ciência é taxativa e novos estudos tem comprovado cada vez mais que NÃO HÁ NADA MAIS DEPOIS DA MORTE, NEM ALÉM, NEM CÉU, NEM INFERNO, NEM PURGATÓRIO, NEM O RAIO QUE NOS PARTA. NEM SALVAÇÃO, NEM PERDIÇÃO, NEM CONDENAÇÃO, NEM REENCARNAÇÃO, NADA. 

Contudo, temos de compreender que, em relação à ciência, sem negacionismo, mas com uma postura crítica 'a la Karl Popper, que diz: "A ciência será sempre uma busca, jamais uma descoberta. É uma viagem, nunca uma chegada. Não importa quantos cisnes brancos você veja ao longo de sua vida", ela, a ciência, não é a palavra final e deve ser constantemente questionada. 

Portanto, diante da Imensidão Cósmica Interestelar, da Incomensurabilidade da Vida, da Inefabilidade da Existência, podemos dizer, com base na mais alta ciência e nos mais profundos estudos que 'tudo acaba aqui', mas quem poderá dizer se 'aqui é tudo' e se, portanto, 'tudo acaba de fato'? 

Sabemos só o que sabemos e sabemos que o que sabemos não é grande coisa. 

Os próprios cientistas sérios (os que não atuam por Lobby de grandes corporações e pela grana de seus 'mecenas', se é que ainda existem esses tipos) hão de reconhecer que é preciso pesquisar mais, estudar mais e que uma verdade científica hoje, amanhã pode ser ultrapassada, ser refutada, cair por terra, etc. 

Particularmente, penso que mesmo que um dia a ciência, do alto de suas incertezas, prove, comprove, mate a cobra e mostre o pau, no sentido de afirmar em definitivo que NÃO EXISTE NADA ALÉM, mesmo assim, grande parte dos mais de 8 bilhões de animais falantes que se acham pensantes, continuarão acreditando no que acreditam e muitos continuarão vivendo sob os códigos religiosos, morais, espirituais, etc.

Quanto a mim, sobre ter ou não ter Vida após a Vida, depois estudar, pesquisar e muito pensar sobre esses assuntos, diante da Incomensurabilidade Existencial, chego à seguinte conclusão:

A Vida, que é Luz, nasce da Escuridão e corre pelo Abismo em direção ao Vazio. Haverá algo para além do Vazio? Quem de fato poderá dizer? Não há nada além do Vazio? Quem de fato poderá dizer? 

E como Zemmar, a minha Filosofia me mostra uma coisa, mas o Ser que Eu Sou me mostra outras muitas coisas, principalmente, 'esse algo de místico, espiritual nos mistérios da Vida e da Morte.'



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E. E-Kan





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