Por detrás das letras, os demônios...
Por detrás das letras
Estão os demônios
Do primeiro homem
E do Homem que fui há cinco minutos
Elas sempre cantam algo mais
Porque sempre há algo mais
Na mais fria e obscura solidão
Sentei para dialogar com o meu demônio
Não falávamos sobre o mundo, a vida e a morte
Falávamos sobre ele e eu
E de quem era a maior e a menor sorte
Perguntei: _Por que o santo que havia em mim morreu?
E ele respondeu: _É porque não tinhas forças para ser um demônio!
Todos os santos são infâncias de demônios
E os demônios são a velhice de todos os santos
As minhas letras ainda não são demônios
Porém, são cortantes e mortais
São escritas com sangue
Do primeiro homem
E do homem que fui há algumas vidas atrás
Essas letras são tão vermelhas
Quanto o sangue que corre nas veias de todos os homens
Porém, disse ao meu demônio: _Não sou santo, não sou demônio, nem fera!
Sou um pixel interligado a outros da vida moderna...
Antes de partir ele me disse: _ Tu tens muito mais santos do que demônios... e Muitos palhaços, medíocres e ordinários...
Então se foi...
Quem sabe?
Até a próxima noite...
In____ Filosofia Insólita
Comentários
Postar um comentário