"A saudação do bilionário", "O mundo que não pensa", "Plataformas, neoliberalismo e o ativismo dos bots" e a análise de assuntos sérios contaminada pela ideologia-militante
O MUNDO CONTROLADO POR BILIONÁRIOS, ROBÔS E DESINFORMAÇÃO: ATÉ QUANDO VAMOS FINGIR QUE ESTÁ TUDO BEM? COMO COMBATER DESINFORMAÇÃO COM DISTORÇÃO?
A gente sabe que o mundo está ferrado quando bilionários, que antes jogavam seu dinheiro em espaçonaves e carros elétricos, agora resolvem brincar de ditadores digitais. O trio de textos analisados aqui fala de um 'pesadelo moderno': os CEOs das Big Techs não são só peças-chave no jogo da tecnologia; 'eles estão literalmente moldando a política, a economia e até o que a gente pensa'.
Os textos:
"A saudação do bilionário", de Renato de Oliveira Pereira
"O mundo que não pensa", de Franklin Foer
"Plataformas, neoliberalismo e o ativismo dos bots", das autoras Adriana Braga e Claudia Montenegro
No primeiro texto, "A saudação do bilionário", o autor toma o rumo de dizer que o que deveria ser apenas um evento político se torna um circo distópico, com Elon Musk, Mark Zuckerberg e outros magnatas da tecnologia batendo palma para um Trump ainda mais radicalizado. Pereira argumenta no sentido de que como se não bastasse a manipulação digital que esses caras já fazem no dia a dia, agora eles estão de mãos dadas com um governo autoritário. E segue dizendo que estão usando seu poder para deturpar a realidade, moldar a narrativa e aumentar sua influência sem que o público perceba.
No segundo texto, "O mundo que não pensa", Franklin Foer deixa claro que essa turma do Vale do Silício tem um projeto bem definido: controlar a informação, prever o que a gente vai fazer e, se possível, pensar por nós. O Google, por exemplo, não é só um mecanismo de busca. É um grande cérebro artificial que se alimenta dos nossos dados para nos influenciar de maneira invisível. Os bilionários da tecnologia têm um plano que vai além de vender publicidade: eles querem recriar a sociedade com base na lógica dos algoritmos, sem muita preocupação com as consequências sociais e psicológicas disso. O problema? A inteligência artificial não tem empatia, e seus criadores também não parecem ter.
Já no terceiro texto, "Plataformas, neoliberalismo e o ativismo dos bots", das autoras Adriana Braga e Claudia Montenegro, a coisa degringola de vez. As redes sociais viraram máquinas de desinformação, impulsionadas por bots que fazem parecer que opiniões radicais são maioria. O texto mostra como a extrema-direita se aproveitou disso nas eleições de 2022, espalhando fake news de maneira sistemática. E as plataformas? Fingem que não têm nada a ver com isso, porque qualquer regulação poderia comprometer seu modelo de negócios bilionário. Ou seja, a única coisa que importa é lucro, mesmo que isso custe a sanidade mental e a estabilidade política de vários países.
Breve conclusão:
Os textos analisados dizem, cada um a seu modo, que não se pode tratar a tecnologia como algo neutro, porque há uma ideologia hedionda por trás de tudo. Os donos das Big Techs têm um projeto de poder, e as pessoas de modo geral são apenas pequenas peças nesse tabuleiro. Regular essas empresas, criar transparência e evitar que algoritmos virem ditadores invisíveis é o mínimo que a sociedade pode (e deve) exigir. Caso contrário, daqui a pouco as pessoas não vão nem mais saber se a próxima eleição foi decidida por pessoas de verdade ou por pessoas influenciadas por robôs com perfil falso no X-Twitter.
De fato, os textos analisados são importantes para entender um pouco mais sobre a Desinformação, sobretudo, o uso da Desinformação como arma de idiotização em massa, por parte do 'esquema de poder' criado entre as Big Techs, Zuckerberg, Bezos, Elon Musk e Trump, através do poder do Governo dos EUA.
Contudo, esses caras são apenas um grupo de corruptopatas, politicopatas, tecnopatas viciados em dinheiro e poder.
Há um grupo muito maior por trás de tudo, muito mais hediondo e tenebroso, a Corte das Corujas da Terra, menos de 1% de elementos que detém, há tempos e de maneira hedionda, 99% das riquezas da Terra e que de fato mandam nos governos, nas corporações, nas instituições de poder, em empresas como as de Zuckerberg, Musk, Bezos, Trump e outros através de uma coisa chamada 'controle acionista'. SÃO ESSES TIPOS DE INDIVÍDUOS QUE VIVEM NAS SOMBRAS QUE DE FATO MANDAM EM TUDO E DITAM OS DESTINOS DO PLANETA E TODA A SUA POPULAÇÃO DIRETA E INDIRETAMENTE, USANDO MANÍACOS COMO OS SUPRACITADOS, JÁ HÁ TEMPOS, TALVEZ DESDE QUE O HOMO SAPIENS TOMOU CONSCIÊNCIA CIVILIZATÓRIA.
Então, a coisa é muito mais complexa do que os intelectuais, especialmente, os intelectuais de esquerda supõe. Ocorre que a maioria dos intelectuais não estão preocupados com a raiz de todo o mal, porque lhes convém politicamente, ideologicamente, e até financeiramente.
Os intelectuais em geral são bitolados e limitados, vivem no mundo da Lua, bem longe da realidade do povão, principalmente, os intelectuais de esquerda. (SEM FALAR QUE TAIS INTELECTUAIS DOS TEXTOS, SEQUER FALAM DAS REDES DE DESINFORMAÇÃO CHINESAS COMO TIKTOK, KWAI E OUTROS, fazendo saltar seu viés ideológico 'anti-USA' e à esquerda). Mas, se acham os super-sabedores de tudo porque se masturbam intelectualmente lendo o amargurado Karl Marx e toda a baboseira intelectóide que repetem como um mantra nas bolhas ideológicas, em 'grupos de estudo', escolas, universidades, enfim, em todo o anacrônico e falido sistema educacional, durante décadas.
Com efeito, compreendo que essa discussão é legítima, válida e muito séria. Contudo, como disse acima, os autores dos textos, como todos os intelectuais academicistas, especialmente, os à esquerda, pecam em levar a discussão muito para o lado da narrativa ideológico-militante e tudo que envolve militância ideológica acaba distorcido, perdido ou pior, acaba alimentando a polarização doentia que afunda não só o Brasil, mas a sociedade ocidental que 'sobrevive entre as insanidades da Extrema-direita e da Extrema-esquerda'.
Como combater desinformação com narrativa ideológica, isto é, com distorção ideológico-militante? E bem na ponta da caneta, com um outro tipo de desinformação?
E aos que dizem que "tudo é ideológico", "não tem como fazer nada sem ideologia", digo o seguinte:
EXISTE VIDA E VIDA INTELIGENTE ALÉM DO FANATISMO IDEOLÓGICO-MILITANTE, SOBRETUDO, ALÉM DA POLARIZAÇÃO DOENTIA QUE AFUNDA A TODOS EM TODA A PARTE.
E digo mais: "A Ideologia é o ópio dos autoproclamados intelectuais". Cito Alexander Soljenítsyn, In>>> Arquipélago Gulag:
"Ideologia é aquilo que dá ao malefício a justificativa tão procurada e ao malfeitor a determinação e a sustentação necessárias. É esta a teoria social que ajuda a fazer com que os seus atos pareçam bons ao invés de maus, aos seus próprios olhos e aos olhos dos outros, de forma que ele não ouvirá repreensões e maldições mas receberá elogios e honrarias. Foi assim que os agentes da Inquisição fortificaram as suas vontades: invocando o Cristianismo; os conquistadores de terras estrangeiras, louvando a grandeza da Pátria Mãe; os colonizadores, a civilização; os Nazistas, a raça; e os Jacobinos (do início e do fim), a igualdade, a irmandade, e a felicidade das gerações futuras. Foi graças à ideologia que o século vinte foi fadado a experimentar malefícios numa escala calculada em milhões. Isso não pode ser negado, ignorado ou suprimido. Como é então que nós nos atrevemos a insistir que os malfeitores não existem? E quem foi que destruiu esses milhões de pessoas? Sem malfeitores não teria existido o Arquipélago.”
Ademais, por fim, na condição de pensador realista, digo que, infelizmente, é tarde demais para qualquer ação, reação ou resistência. O caso real dos EUA, discutido nos textos, é prova disso.
Máxima data vênia, penso que não importa o que se faça, (sobretudo considerando a premeditada e hedionda idiotização em massa e gadização geral da maioria da humanidade através da algoritmia do caos IA-lizada nas redes umbrais sociais), nada impedirá o caos total que um dia fará explodir a mega bolha do abismo de injustiças, misérias e abusos criminosos, fazendo explodir por toda a parte, novas e diversas crises fabricadas com novas pandemias sob encomenda para deixar mega ricos brutalmente mais ricos, novas guerras (inclusive uma guerra viral e nuclear), até o suicídio/genocídio/extermínio global para redução da população mundial. (Leiam Teoria da Humanidade Zero para entender melhor isso).
Desta forma, digo que podem me odiar a vontade os que militam politicamente, podem ficar se iludindo e perdendo tempo em 'grupos de estudos' à vontade, porque o rolo compressor do capitalismo tecnocrata, fascista por natureza e 'dinheiropata' por essência, está passando por cima de tudo e todos sem dó, nem piedade e vai esmagar a todos gradativamente.
De fato, estamos todos, como diz a canção do ACDC, literalmente, 'na estrada para o inferno'.
Por isso, enquanto a coisa toda não explode de vez, viva a tua vida da melhor maneira que puder, junto dos que lhe são de verdade, seja feliz ou pelo menos tente; tente ficar bem, apesar de todos os pesares. Isso, é o que realmente importa. O resto, é só baboseira sem sentido.
"O inverno está chegando".
_______________E. E-Kan
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Referências:
BRAGA, Adriana; MONTENEGRO, Claudia. Plataformas, neoliberalismo e o ativismo dos bots: o legislativo e a sociedade a reboque da desinformação. Intercom, Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 46, e2023130, 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/1809-58442023130pt.
FOER, Franklin. O mundo que não pensa. Tradução de Débora Fleck. Rio de Janeiro: LeYa, 2018.
PEREIRA, Renato de Oliveira. A saudação do bilionário: os CEOs das Big-Techs na posse do novo e mais radicalizado governo Trump. Observatório de Segurança e Tecnologia, 22 jan. 2025. Disponível em: https://www.observatoriodeseguranca.org. Acesso em: [data do acesso].
SOLJENÍTSYN, Aleksandr. Arquipélago Gulag um experimento de investigação artística 1918-1956. Tradução Lucas Simone [et al.]. São Paulo: Carambaia, 2019.
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