"Santo Agostinho": o Constantino de Batina que inventou a teologia da culpa
Agostinho foi o mestre supremo da culpa e um dos maiores arquitetos do cristianismo como a gente conhece hoje. O cara viveu na gandaia, pegou geral, teve amante, filho fora do casamento, se envolveu com seitas filosóficas, e só depois que bateu o peso na consciência resolveu virar santo. E não virou santo de qualquer jeito: virou o CEO da Teologia da Culpa™.
Ele criou aquele rolê que diz que todo mundo já nasce ferrado por conta do pecado original, que o desejo é uma treta e que, se você sente prazer demais, tem algo errado com você. O cara pegou o cristianismo e enfiou um pacote premium de autopunição dentro dele.
AS MANOBRAS TEOLÓGICAS DE AGOSTINHO
Agostinho era um sofista da fé, um verdadeiro malabarista teológico. Ele montou um sistema que sempre colocava o ser humano como culpado e Deus como inocente. Funcionava mais ou menos assim:
Você pecou? A culpa é sua.
Você foi tentado? A culpa é sua carne fraca.
Você tá infeliz? Maravilha! Deus tá te testando.
Você tá feliz? Opa, pecado à vista!
Ou seja, não importa o que aconteça, no fim das contas a culpa sempre cai no seu colo. Se fosse hoje, ele ia ser aquele coach religioso que primeiro convence você de que tá todo errado e depois vende o curso da redenção.
NIETZSCHE X O MORALISTA HIPÓCRITA
Se tivesse um ringue filosófico, Nietzsche ia arrebentar Agostinho sem dó. Ele ia enxergar o cara como um dos grandes engenheiros da moral dos escravos, aquela que ensina que sofrer é bonito, que ser fraco é bom e que desejar algo na vida é coisa do capeta. Agostinho pegou a vibe natural da humanidade e meteu o selo de "pecado" nela.
Enquanto Nietzsche defendia um homem forte, que aceita seus instintos e vive sem arrependimento, Agostinho fez o contrário: viveu tudo, depois se arrependeu e começou a jogar culpa no mundo inteiro. Virou o porta-voz oficial da autoflagelação mental.
AGOSTINHO = CONSTANTINO DE BATINA
Se Constantino foi o cara que oficializou o cristianismo no trono do Império, Agostinho foi quem oficializou a culpa cristã no coração da galera. Ele pegou as ideias de Paulo de Tarso, deu um acabamento filosófico e transformou tudo numa máquina teológica de controle mental.
Se tivesse um LinkedIn na época, o perfil do cara seria algo assim:
🔹 CARGO: Fundador da Teologia da Culpa™
🔹 EMPRESA: Igreja Católica, Filial da Hipona
🔹 MISSÃO: Converter prazeres naturais em pecados mortais
🔹 SLOGAN: "Se você tá feliz, tem algo de errado com você."
O cara conseguiu enfiar essa mentalidade de culpa no DNA da cultura ocidental. Por isso até hoje tem gente que mal se diverte e já tá se sentindo culpado no dia seguinte.
CONCLUSÃO: UM GÊNIO PERIGOSO
Para Nietzsche, Agostinho foi mais um dos grandes engenheiros da decadência humana, um dos caras que ajudou a meter no DNA da cultura ocidental a ideia de que o ser humano nasce culpado, que o desejo é pecado e que sofrer é bonito. Em vez de libertar a humanidade, ele prendeu geral num labirinto de culpa e submissão.
Nietzsche veria Agostinho como um pilantra intelectual, que usou a própria crise existencial pra ferrar a vida dos outros. O cara aproveitou tudo que quis quando jovem, depois virou o porta-voz do arrependimento e, de brinde, ainda ajudou a transformar a culpa numa instituição.
Se Agostinho tivesse ido curtir sua velhice em paz, beleza. Mas não: ele precisava justificar a mudança de vida dele metendo na cabeça da galera que o prazer é errado, que o sofrimento é caminho pra Deus e que o desejo precisa ser reprimido. Nietzsche, que defendia o homem forte, sem medo da vida e dos instintos, jamais engoliria esse papo.
Então, no saldo geral, para Nietzsche, Agostinho mais ferrou a humanidade do que ajudou. Ele consolidou uma moral que fez a galera trocar a liberdade pela culpa, o orgulho pela humildade forçada e a vida pelo medo do além. Em vez de empurrar a humanidade pra frente, ele ajudou a acorrentá-la numa moral decadente.
Se Nietzsche tivesse que definir Agostinho, talvez dissesse algo tipo:
"Eis um homem que viveu intensamente e depois, incapaz de lidar com sua própria natureza, decidiu reescrever as regras para que ninguém mais pudesse desfrutar do que ele desfrutou."
Ou seja, Agostinho é o santo da culpa, o patrono do arrependimento e um dos grandes arquitetos da neurose cristã. Um grande pilantra intelectual, um fanático convencido, um religiopata autêntico. A única coisa que presta de Agostinho são suas confissões de putaria, depravação, perversão e prazeres sem limites. Todo o resto (sua teologia) é uma tragicomédia de 'Madalena arrependida'.
____E. E-Kan
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGOSTINHO, Santo. Confissões. Trad. de vários. Editora Paulus, 2003.
NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da Moral. Trad. Paulo César de Souza. Companhia das Letras, 2012.
NIETZSCHE, Friedrich. Além do Bem e do Mal. Trad. Paulo César de Souza. Companhia das Letras, 2011.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Ática, 2000.
GUSDORF, Georges. Filosofia e Religiosidade no Pensamento Ocidental. Edições 70, 1993.
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