Edgar Allan Poe: começou beber aos 14 e bebeu até bater as botas aos 40


40 anos, era a idade de Poe ao bater as botas depois de mais uma cachaçada medonha. 

Edgar Allan Poe (1809-1849) foi um cara cheio de talento dos EUA. Ele escreveu aquele poema famoso sobre um corvo falante. Além disso, inventou um monte de contos misteriosos que abriram caminho para um novo jeito de escrever na literatura.

Edgar Allan Poe, visto como um precursor das histórias de mistério e um Mestre, nasceu em Boston, EUA, em 1809. Filho de artistas de rua, sua vida foi um drama desde cedo: o pai sumiu, a mãe morreu, e ele foi adotado por um rico escocês. Estudou na Escócia e em Londres, mas logo voltou aos EUA, onde continuou estudando. Em 1823, já escrevia seus primeiros poemas, e em 1826 entrou na Universidade de Virgínia, mas acabou sendo expulso por bagunçar demais. Começou a publicar poemas e contos, ganhando até prêmios. Em 1835, virou editor e se casou com sua prima, mas a vida não estava fácil: problemas com álcool e demissões o assombravam. Depois da morte da esposa, em 1847, sua vida piorou ainda mais. Em 1849, foi encontrado bêbado em uma taberna e morreu dias depois em um hospital, em Baltimore. Poe deixou um legado incrível na literatura, sendo considerado o pai do conto policial e influenciando muitos escritores de suspense e terror. Suas obras mais conhecidas incluem “O Gato Preto”, “O Corvo” e “Annabel Lee” e "O Diabo no Campanário".

AOS 27 CASOU COM A PRIMA DE 13 ANOS

Edgar Allan Poe se casou com sua prima, Virginia Clemm, quando ela tinha apenas 13 anos e ele 27. O casamento ocorreu em 1836. Essa união foi bastante controversa e incomum, mesmo para a época. Virginia era não apenas sua prima, mas também sua prima em primeiro grau, filha da irmã mais velha de Poe. O casamento, no entanto, parece ter sido feliz, com relatos de que ambos se amavam profundamente. Infelizmente, Virginia faleceu em 1847, após uma longa luta contra a tuberculose, o que teve um impacto devastador em Poe.

BEBEU ATÉ MORRER

Poe se entregou ao alcoolismo desde cedo, bebendo desde os 14 enquanto frequentava tabernas e prostíbulos. A 'mardita' sempre esteve presente em sua vida de doidão etílico, causando demissões de empregos e dificuldades financeiras. Quando foi encontrado em estado delirante em uma taberna em Baltimore, antes de sua morte, ele estava que nem 'cobra de laboratório', imerso na 'cana'. 

JOVEM ESPOSA CONVIDAVA AMANTES CASADAS PARA SUA CASA A FIM DE QUE ELAS 'ALIVIASSEM' O MARIDO

[...] A "tagarelice de muitas línguas" ("tattling of many tongues") no poema de Virginia era uma referência a incidentes reaais. Em 1845, Poe começou um flerte com Frances Sargent Osgood, uma poetisa casada de 34 anos. Virginia estava ciente da amizade e talvez tenha até mesmo encorajado o mesmo. Ela com frequência convidava Osgood a visitá-los em casa, acreditando que a mulher mais madura tinha um efeito de comedimento sobre Poe, que havia prometido "desistir do uso de estimulantes" e nunca estava embriagado na presença de Osgood.

Ao mesmo tempo, outra poetisa, Elizabeth F. Ellet, apaixonou-se por Poe e enciumou-se de Osgood. Apesar de, em uma letra a Sarah Helen Whitman, Poe ter declarado o amor dela como "odioso" e que ele "não podia fazer outra coisa senão repeli-la com desprezo", ele imprimiu muitos dos poemas dela para ele no Broadway Journal, no qual era editor. Ellet era famosa por ser intrometida e vingativa, e, enquanto visitava o lar dos Poe no fim de janeiro de 1846, ela viu uma das cartas pessoais de Osgood para Poe. De acordo com Ellet, Virginia apontou "parágrafos temerosos" na carta de Osgood. Ellet contatou Osgood e sugeriu que ela deveria tomar cuidado com suas indiscrições e pedir que Poe devolvesse suas cartas, motivada por inveja ou pelo desejo de causar um escândalo. Osgood então enviou Margaret Fuller e Anne Lynch Botta para pedir a Poe a devolução das cartas. Furioso pela interferência, Poe chamou-as de "intrometidas" e disse que Ellet "deveria se preocupar com suas cartas", sugerindo indiscrições por parte dela. Ele então recolheu as cartas de Ellet e deixou-as na casa dela.

Apesar das cartas já terem sido devolvidas, Ellet pede ao irmão que "exija as cartas". O irmão dela, Coronel William Lummis, não acreditou que poe já havia devolvido as mesmas e o ameaça de morte. Para se defender, Poe pede para Thomas Dunn English uma pistola. English, amigo de Poe e um escritor menor que tinha treinamento como médico e advogado, também não acreditou que Poe houvesse devolvido as cartas e até mesmo questionou sua existência. A forma mais simples de sair do problema "era retirar as acusações ainfundadas". Furioso por ser chamado de mentiroso, Poe veio às vias de fato com English. Poe mais tarde alegou que vencera a luta, apesar de English alegar o contrário, e a face de Poe ter um corte feio causado por um dos anéis de English. Na versão de Poe, ele disse "eu dei a E. uma surra que ele vai se lembrar até o dia da sua morte." De qualquer forma, a luta aumentou a fofoca sobre o caso Osgood.

O marido de Osgood então se mete e ameaça processar Ellet a menos que ela desculpe-se formalmente pelas insinuações. Ela se retrata das afirmações em uma carta a Osgood dizendo "A carta que a sra. Poe me mostrou tem que ser uma falsificação" criada pelo próprio Poe. Ela colocou toda a culpa em Poe, sugerindo que o incidente fora causado por que Poe "era um destemperado e sujeito a atos lunáticos". Ellet espalhou o rumor de que Poe era insano, que foi usado por outros inimigos de Poe e relatado em jornais. O Reveille de St. Louis publicou que "um rumor está circulando em Nova Iorque, de que o sr. Edgar A. Poe, poeta e autor, está enlouquecido, e seus amigos estão para colocá-lo aos cuidados do Dr. Brigham do hospício de Utica." O escândalo acabou morrendo somente quando Osgood retornou ao marido. Virginia, entretanto, foi muito afetada por todo o acontecimento. Ela recebeu cartas anônimas sobre as alegadas indiscrições do marido até julho de 1845. Presume-se que Ellet estava envolvida com estas cartas, e elas perturbaram Virginia ao ponto de ter declarado no leito de morte que "a sra. E. é minha assassina." [...]** 


CONSAGRAÇÃO POST MORTEM

[...] Um dos autores norte-americanos mais consagrados no mundo

Após a morte de Virgínia, Poe — que é visto como o mago dos contos de terror — escreveu pouco e faleceu no dia 7 de outubro de 1849, após ter sido encontrado na rua, largado, com roupas que não eram suas e em estado de completo delírio. Até hoje, a causa de sua morte não foi apurada. Entre as possíveis causas estão diabetes, sífilis, raiva e doenças raras.


Para muitos críticos e autores consagrados, como Machado de Assis e Charles Baudelaire , Edgar Allan Poe foi o criador do gênero de Romance Policial . Suas obras possuem um apelo mórbido, envolto em um ambiente de tortura psicológica — características que trouxeram o autor um marco para a literatura norte-americana — influenciando diversas gerações de escritores. De acordo com especialistas, sua obra faz parte do movimento gótico e do romantismo sombrio . Segundo Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes , “cada um dos enredos do detetive de Poe é uma raiz da qual toda a literatura se desenvolveu”, disse o escritor. Poe é lembrado até hoje como um autor atormentado na vida, mas genial em sua arte. Para este mago do terror, não existia “nada mais romântico do que um poema escrito sobre a morte.” [...]*** 


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SOBRE O QUE PENSO

Poe, como muitos outros autores, é visto como um grande escritor e poeta, mas não se pode esquecer que ele também era um grande bêbado que se metia em altas confusões por causa do gole e de sexo. O cara era descontroladamente fissurado numa 'xavasca', pau a pau com o gole.

É claro que não o estou criticando por isso, porque jamais seria um moralista, porque todo moralista, ao meu ver, é um grande otário de merda.

Apenas estou fazendo uma leitura da história da vida real do autor, para além das babaquices ficcionais, as ficções bonitinhas que todos adoram escrever para endeusar o autor (COMO DIZER QUE O CARA QUE BEBEU A VIDA TODA, MORREU DE RAIVA E NÃO DE COMA ALCOÓLICO) e tirar dele a coisa de maior valor, a sua vivência, nua e crua nesse mundo cão e que, ao meu ver, novamente, faz dos autores, os caras fodas que eles foram e isso, MANTER E ATÉ RESSALTAR A VIDA VIVIDA SEM VERGONHA, para mim, valoriza ainda mais as suas obras. 

Porque é na luta, na guerra, na fodeção de existir nesse mundo lazarento, que as nossas obras tem mais valor, porque são escritas com alma e até desalmadamente, mas sobretudo, são escritas com sangue, suor, tesão, lágrimas e muito gozo. 


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E. E-Kan


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Links e referências:

 - https://professorsandromachado.wordpress.com/2020/03/20/o-diabo-no-campanario/ 

- https://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais13/arquivos/seminarios/amadeu_dalva.htm

- **https://pt.wikipedia.org/wiki/Virginia_Eliza_Clemm_Poe

- *** https://msmidnightlover.medium.com/edgar-allan-poe-o-mago-do-terror-51b357d5ac6f

- https://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Allan_Poe 

Edgar Allan Poe. «OUL educação». Educacao.uol.com.br. Consultado em 01 de Abril de 2024

-  «Edgar Allan Poe Biography» (em inglês). Biography.com. Consultado em 01 de Abril  de 2024.



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