Breve análise sobre o livro 'Historiografia: Salústio, Tito Lívio e Tácito' escrito por Pedro Paulo Funari e Renata Senna Garraffoni



Os três porquinhos e o Lobo Mau?

A historiografia latina, tratada nesse livro de Pedro e Renata, é basicamente o jeito que os romanos contavam sua história. Só que não era só sobre relatar fatos; eles usavam a história para criticar, elogiar ou até avisar a galera da época sobre o que tava rolando de errado ou certo. A historiografia latina/romana, aqui, funciona como um tipo de ferramenta política e moral, quase como dar lição de vida através dos erros e acertos do passado.

Isto é: a historiografia tratada aqui, por Pedro e Renata, significa que "
quem conta a história molda a percepção do que foi a verdade. O que parece ser um simples 'relato histórico' é, na verdade, uma versão bem pensada e estratégica dos eventos."


Quem são os três porquinhos nomes do livro?


Salústio (86 A.C - 34 A.C, 52 anos)

Amigão de Júlio César (Ave, César!), odiado por Cícero, o duas caras que, junto de Cato - O Velho, Pompeu, Brutus e outros, se achavam os 'heróis' e santos salvadores da República Romana, decadente. 
Salústio era um cara que vivia numa época em que Roma estava de fato se destruindo por dentro, e ele não economizava nas críticas. Para ele, a República estava afundando por causa da ganância, corrupção e falta de moral da elite mergulhada na perversão, perversidade, na degradação geral. Salústio ficava indignado com a galera da alta sociedade que, para ele, deveria ser exemplo de virtude e moral. Mas, ao contrário, segundo Salústio, a elite estava podre em todos os sentidos e só pensava em si mesma. Por isso, Salústio achava que isso estava matando Roma. O que ele faz? Escreve uns textos culpando a falta de caráter da elite, dos políticos, das pessoas no poder. O X da questão do Salústio é que ele acha que Roma estava indo pro buraco porque a elite estava podre por dentro e por fora e isso gerava uma espécie de 'reação em cadeia', levando toda a Roma pro buraco. 


Tito Lívio (59 A.C - 17 D.C, 75 anos)

Já esse aqui era o "romântico" da turma. Tito Lívio adorava a história de Roma e queria que o povo se inspirasse no passado glorioso da cidade. Ele escreveu uma baita história de Roma desde a fundação, exaltando os heróis e as virtudes republicanas. Sua mensagem? "Vamos aprender com esses exemplos do passado e sermos melhores!". O grande lance para entender Tito, é que ele é o cara que romantiza o passado e diz que, se Roma seguisse os valores antigos, estaria tudo certo.


Tácito (56 D.C - 117 D.C, 61 anos)

Tácito foi mais tardio, viveu na época dos imperadores e não pegava leve com ninguém. Tácito é meio sombrio, cínico e desconfiado de tudo e todos. O cara destrinchava o poder e mostrava como os imperadores romanos eram corruptos, usando a história para dar um puxão de orelha no 'governo/regime'. Ele meio que dizia: "Olha essa galera no poder, tudo podre!". Portanto, Tácito é o mais realista e crítico, expõe a podridão do poder e os jogos políticos no império. O cinismo de Tácito, num momento da história que ser cínico significava morte lenta e dolorosa, é o que mais encanta.


O que Nietzsche acharia disso?


Nietzsche, que era um filósofo cheio de ideias fodasticas sobre tudo, ia curtir e criticar esses três ao mesmo tempo.


Salústio: Nietzsche ia até curtir a crítica à corrupção, mas ia dizer que Salústio era muito dramático, reclamando demais e preso ao passado. Para Nietszche, o importante não era ficar lamentando, mas sim pegar o que presta e seguir em frente com força.


Tito Lívio: Nietzsche com certeza acharia que Tito Lívio era um "saudosista", preso demais no passado, tentando reviver glórias antigas. Isso, para Nietzsche, era como ficar olhando pro retrovisor e não pro caminho à frente.


Tácito: Tácito seria o favorito de Nietzsche! Por quê? Porque ele desmascarava a podridão do poder e tinha uma visão clara de como o mundo funciona, sem filtros, sem floreios. Nietzsche adorava gente que mostrava a verdade nua e crua, sem tentar enfeitar.


O Livro em si


Basicamente, o livro que resenhamos aqui, analisa como esses três caras, com seus estilos bem diferentes, usaram a história pra criticar o que tava rolando em Roma. Cada um tinha seu jeito: Salústio era o moralista pessimista, Tito Lívio era o otimista romântico, e Tácito era o crítico cínico e realista. No frigir dos ovos, o livro parece querer dizer que a história não é só uma lista de fatos, mas sim uma ferramenta pra gente pensar sobre política, moral e como o poder corrompe.


Conclusão (sem frescura)


O que o livro todo tá dizendo? Que esses três caras romanos usavam a história como se fosse uma grande fofoca bem pensada: pra criticar, ensinar e alertar. Eles não estavam só contando o que aconteceu, mas mostrando como o passado pode ensinar a lidar com o presente e o futuro. Então, eles todos, Salústio Tito e Tácito, tinham esse ponto em comum, digamos, que era acreditar na força do relato, da narrativa, da construção histórica, da História em Si, e olhando pro passado, estabelecer uma vida suficientemente aceitável no presente para que o futuro não fosse pior do que tudo que já era. 


É claro, essa é apenas uma visão particular de minhas leituras. Leiam vocês mesmos o livro e tirem as suas próprias conclusões. Beleza? Aquele abraço!


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E. E-Kan


Caso alguém queira trocar ideias, mande email para ekanxiiilc3@gmail.com ou vejas as redes e mande Pv. 

Inté! 

:) 

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