As mentiras que contamos para nós mesmos
"Nós todos estamos na beira de um penhasco.
Todo o tempo, todos os dias.
Um penhasco que todos iremos pular.
Mas nossa escolha não é sobre isso.
A escolha é se queremos ir a força e gritando
Ou se queremos abrir nossos olhos e corações
para ver o que acontece enquanto caímos."
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A vida humana na Terra é como uma Montanha Russa, começa devagar, acelera, vira de lado, fica de ponta cabeça, parece que vai sair dos trilhos acelera mais ainda e no final desacelera, para, outras pessoas sobem no 'brinquedo' e tudo recomeça.
Nem sempre podemos contar com quem achamos que podemos contar, nem sempre abrimos a porta para quem precisa de nós, e muitas vezes vivemos solitários, mesmo sendo 'amados' ou numa multidão. Daí sobrevém todo tipo de desilusão, tristeza, decepção, depressão, doenças, suicídio, desolação. Mas, os momentos mais sombrios também podem ser renovadores, libertadores e um salto evolutivo, individual e coletivo.
Há pontos de viradas na da vida, especialmente, nos momentos mais difíceis e mais sombrios, quando tudo parece sem esperança, sem solução, 'sempre existe um caminho, uma luz', como diria a Música do Legião Urbana, 'A Via Láctea'.
[...] Nós, Os Espíritos de Letras, Livres e Realistas, sabemos que há, no mínimo, três pontos de virada, de Morte e Renascimento em Vida para todo o Ser Vivente sobre a Terra, sem exceções.
Para os animais pensantes, alcunhados de humanos, os três pontos de virada da Vida, são: 1) aos vinte anos de idade; 2) aos quarenta anos de idade e 3) aos sessenta anos de idade.
Cada ciclo se divide em vinte anos do tempo terrestre, subdivididos em dois Macro-períodos de duas décadas que podem ser subdivididos em quatro Micro-períodos de cinco anos.
No primeiro ponto de virada aos vinte anos de idade, a maioria dos humanos sentem, mas não compreendem e nem tentam compreender, com exceção dos 'gênios', os pouquíssimos avançados, despertos, que não se deixam distrair facilmente.
No segundo ponto de virada aos quarenta anos de idade, poucos são os que, ao mesmo tempo, sentem e compreendem. A maioria das pessoas sentem que se trata de um ponto de virada na vida, até tentam compreender, mas por diversos motivos, principalmente por causa de travas ou âncoras existenciais, se distraem com outras coisas da vida, e muitas vezes sem perceber, esquecem e desistem de tentar compreender.
Por fim, no terceiro ponto de virada aos sessenta anos de idade, quase todos sentem e compreendem. Muitos compreendem superficialmente, outros compreendem medianamente e pouquíssimos compreendem profundamente o que se passou em suas seis décadas e quais foram o pontos de virada da Vida, fazendo, digamos assim, razoavelmente livres dos ruídos, distorções e distrações, um balanço geral, uma reflexão sobre o que esperar da Vida dali em diante, sobre seu legado, sua marca existencial, sobretudo, quais os planos e metas até o próximo ponto de virada. [...] (Livro: 20,40,60, os três pontos de virada na vida, E-Kan, 2022).
Com efeito, durante toda a Montanha Russa da Vida, antes, durante e após os pontos de virada, mentimos e muito para nós mesmos. Claro, não mentimos constantemente, exceto, os mentirosos contumazes.
Mas, em geral, dizemos que 'tudo vai melhorar e acabar bem'.
Sim, há melhoria, e poucos viventes humanos tem a sorte de ver a vida acabar bem. Mas, a maioria dos bilhões de viventes sobre a Terra, era pós era, sabem que tudo não acaba bem e veem que tudo acaba da pior maneira possível. Afinal, a morte é algo ruim. Por mais que se diga que não, que a morte é só um momento, uma passagem, ela é o pior que pode acontecer e vai acontecer a todos os viventes na Terra, à própria Terra, à Galáxia e até mesmo a esse Universo Observável um dia.
Então, sendo realistas, temos de superar os tabus e aprender a lidar com esse fato pesado que é a morte e, sobretudo, o fato de que nem tudo acaba bem. Durante a Montanha Russa da Vida, tudo vai acontecer, coisas boas, meia boca ou ruins, extremamente boas ou extremamente ruins. Temos der ser realistas em relação à vida e em simplicidade e lógica, saber identificar os pontos de virada, as coisas boas, e ter ciência de que são as pequenas coisas da vida que tem maior peso. As coisas grandes são como orgasmos, prazerosas, extremamente boas, mas não são as coisas grandes, e sim as pequenas coisas que fazem a diferença e que fazem as grandes coisas acontecer e são as que que contam muito mais no final.
Emerson E-Kan
Filosofia Realista
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Imagem: "ESQUELETOS dentro de um escritório", Paul Delvaux, 1944
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